Um novo estudo indica que a frequência das problemas na visão em pessoas com lúpus mudou. As complicações oculares relacionadas à doença diminuíram, particularmente aquelas diretamente ligadas à atividade sistêmica da doença, enquanto os desenvolvimentos relacionados a medicamentos e à idade aumentaram. Das 161 pessoas com lúpus estudadas, um total de 50 exibiu problemas com os olhos. O desenvolvimento mais frequente foi a síndrome do olho seco (12,4%), seguida pela catarata (11,2%), o que indica uma alteração. Em estudos anteriores, a retinopatia por lúpus (dano à retina devido ao fluxo sanguíneo anormal) foi a segunda complicação ocular mais comum. Os pesquisadores também viram um declínio na incidência de coroidopatia lúpica (acúmulo de líquido sob a retina). A redução na retinopatia e na coroidopatia por lúpus é uma conseqüência direta da melhoria no padrão de tratamento do lúpus.
Agentes biológicos e antimaláricos, particularmente a hidroxicloroquina, são usados ativamente no tratamento do lúpus a longo prazo. Como resultado, as pessoas com lúpus tiveram uma melhora significativa no controle da doença sistêmica, uma redução nas crises de lúpus, com uma diminuição acentuada na mortalidade. No entanto, esses tratamentos por períodos mais longos, com doses cumulativas mais altas, levaram a um aumento nas manifestações oculares. Também se constatou que a toxicidade macular da hidroxicloroquina é frequente (11,2%). Pessoas com toxicidade macular eram significativamente mais velhas e tinham níveis mais altos de dosagem da hidroxicloroquina e um tempo de tratamento mais longo. Dadas as melhorias significativas no tratamento médico do lúpus, as pessoas com a doença tendem a viver mais tempo, desenvolvendo doenças oculares relacionadas à idade e não à doença, como catarata e glaucoma (3,1%). O lúpus afeta os olhos em aproximadamente um terço das pessoas com a doença. Exames oftalmológicos regulares são importantes. Saiba mais sobre como o lúpus afeta os olhos.
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