Muitos pacientes que sofrem com o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), reclamam de problemas do digestivos. O LES pode acometer o trato gastrointestinal (TGI), da boca ao ânus. Os sintomas podem resultar da própria doença ou como complicações do tratamento.
A área mais frequentemente acometida é a cavidade oral, onde podem ser diagnosticadas úlceras de mucosa e diminuição da saliva. Entretanto, outras áreas podem ser afetadas da seguinte forma:
Esôfago: refluxo de ácido, vasculite, dismotilidade;
Estômago: gastrite, úlceras, vasculite, anemia perniciosa;
Intestino: má absorção dos alimentos, tromboses, dismotilidade, vasculite, supercrescimento bacteriano;
Ânus: úlceras;
Fígado: hepatite, trombose;
Pâncreas: pancreatite;
Apêndice: apendicite.
Os sintomas são variados e incluem dor abdominal, distensão (aumento do volume do abdômen), vômitos, constipação ou diarréia.
Os pacientes com LES também podem apresentar diversas infecções no TGI, como candidíase, hepatite B ou C, herpes e outros processos infecciosos causados por inúmeros vírus e bactérias. Além disso, as medicações usadas no tratamento do LES também podem causar efeitos adversos no TGI, caracterizados por náuseas, úlceras, dor abdominal, diarréia, esteatose hepática (gordura no fígado) e até quadros mais graves de hepatite e pancreatite.
É importante que o paciente tente seguir uma dieta equilibrada com muitas fibras e probióticos. Deve-se evitar o consumo de açúcar e álcool.
Diante de qualquer alteração clínica relacionada ao TGI, o paciente com LES deve procurar imediatamente auxílio médico para identificação e tratamento adequado da causa dos seus sintomas.